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A prisão do querer

SER MAIS:A PRISÃO DO QUERER

Roberto Almeida*

O descontentamento doentio contrapõe-se diretamente com a capacidade que temos de ser mais. Caracteriza-se pela insatisfação e pela falta de gratidão por aquilo que já se tem. É um desejo quase incontrolável por bens materiais como se estes fossem a fonte direta da felicidade. Trata-se de uma prisão emocional da qual poucas pessoas estão livres e da qual muito poucos escapam. É a prisão do querer. A prisão do querer é muito sutil, pois encarcera quase imperceptivelmente suas vítimas.

Pensa-se em supostos sonhos. Pensa-se em suposta liberdade. Quando o que se ver é o pesadelo do descontentamento doentio. Quando o que se percebe é a escravidão de um querer sem fim. Quem vive nessa prisão, vive a querer indefinidamente. Querem sempre algo. Querem alguma coisa mais rápida. Querem algo maior, mais bonito. Mais magro. Eles simplesmente querem. Querem mais que os outros. Em alguns casos querem o que é dos outros.

Se a sua felicidade vem de algo que você deposita, dirige, bebe ou digere, encare os fatos – você está na prisão, a prisão do querer. Pense um pouco em como você completaria essa frase: “Serei feliz quando….?” Quando eu for curado. Quando eu tiver um novo emprego. Quando me casar. Quando eu comprar. Quando ficar solteiro. Quando eu for rico. Quando eu tiver. Como você completaria essa declaração?

Uma grande verdade da existência humana é que não somos o que temos. Quem você realmente é nada tem a ver com as roupas que você usa ou com o carro que você dirige. A sua essência como ser humano está além da aparência física. Jesus avisou: “A vida de um homem não consiste na abundância do que possui.” Portanto, a sua verdadeira essência não está no seu ter, mas no seu ser. Você não deveria ser conhecido pelas roupas elegantes que usa. Pelo terno caro que veste. Pelo carrão que dirige. Como a mulher com a casa grande ou criança com a bicicleta nova. Mas, pela sua compaixão, sua brandura, ou pela sua agudeza mental. Pela sua capacidade de amar e de dar atenção aos outros. Capacidade de interessar-se genuinamente pelo próximo.

Há muita sabedoria naquela frase de carroceria de caminhão, que diz: “Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho.” Isso é a virtude do contentamento, pois desta vida, com exceção do caráter, nada levamos. Quando John Rockefeller, um dos homens mais ricos da história, morreu, seu contador foi interrogado: “Quanto John deixou?” A reposta do contador: “Tudo.”

Certa vez um homem foi pedir conselho a um pastor. Ele achava-se no meio de um colapso financeiro. “Perdi tudo”, lamentou ele. – “Oh, estou triste por você ter perdido sua fé!” Exclamou o pastor. – “Não”, corrigiu o homem, “não perdi minha fé.” – “Bem, então sinto muito por você ter perdido o seu caráter.” – “Eu não disse isto”, tornou a corrigir ele. “Ainda tenho o meu caráter.” – “Que pena você ter perdido a sua Salvação.” – “Não foi isto que eu disse”, objetou o homem. “Não perdi a Salvação.” – “Você tem a sua fé, o seu caráter, a sua Salvação. Parece-me,” observou o ministro, “que você não perdeu nenhuma das coisas que realmente importa.”

Referência:

Bíblia Sagrada

LUCADO, Max. Aliviando a bagagem. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

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Roberto Almeida é graduado em pedagogia e pós-graduando em Administração de Pessoas. Contato: colunasermais@yahoo.com.br


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