Preocupados com os altos índices de rejeição ao PT, assessores e aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm insistido para que ele adote um tom mais conciliador, reeditando o estilo “paz e amor” que o elegeu na campanha presidencial de 2002.
A avaliação é de que, diante do quadro de crise política, o petista deve continuar a buscar uma reaproximação com a base social do PT, mas dispense o estilo agressivo e passe a se comunicar também com outros setores da sociedade, como a classe média.
Além da mudança de tom, eles pregam que o petista volte a adotar postura de estadista, como durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), defendendo bandeiras universais como o combate à fome e à pobreza.
Segundo pesquisas internas do partido, o aspecto beligerante seria uma das fontes de desgaste da imagem do partido. O argumento de assessores e aliados do petista ganharam força com o resultado de um levantamento recente, segundo o qual o nível de aprovação do governo Dilma Rousseff (PT) tem caído.
De acordo com relatos de petistas e auxiliares, Lula acha graça das ponderações dos aliados, concorda com a necessidade de mudanças de tom, mas avisa que não recuará quando o assunto é o combate à proposta de ampliação das terceirizações. As informações são da Folha.