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AM:Banco paga encontro de juízes

O último encontro de presidentes de Tribunais de Justiça estaduais, realizado em um hotel de luxo em Manaus no fim de semana retrasado, teve despesas pagas pelo governo do Estado do Amazonas e pelo Bradesco.

Na programação do 91º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça não houve apenas palestras e reuniões, mas também eventos sociais e de turismo, como um passeio em iate pelo rio Negro.

Segundo o presidente do TJ do Amazonas, João Simões, o encontro custou cerca de R$ 200 mil. Simões não revelou quanto cada patrocinador investiu, mas afirmou que o maior apoiador foi o governo estadual.

Dos 25 tribunais que enviaram representantes ao evento, 14 responderam à reportagem sobre como foram pagas as despesas de hospedagem, transporte e alimentação dos presidentes, assessores e acompanhantes.

Passeio

No total, as cortes gastaram cerca de R$ 43 mil com a viagem de magistrados ou assessores.

Segundo as assessorias dos TJs, despesas de acompanhantes foram pagas pelos próprios magistrados.

Na primeira noite houve uma cerimônia de abertura e um jantar com apresentação de danças folclóricas.

No dia seguinte, os presidentes dos TJs se reuniram no salão nobre do hotel por cerca de oito horas, para discutir temas do Judiciário e assistir a duas palestras, uma sobre o controle do Judiciário pelos Tribunais de Contas e outra sobre licitações.

No sábado, a maior parte dos magistrados e acompanhantes fez um passeio pelo rio Negro em um iate de luxo de três andares, usado por artistas e políticos da região.

O Tribunal de Justiça do Amazonas e o Bradesco já foram protagonistas de uma polêmica no ano passado.

A pedido do banco, o TJ-AM promoveu dois mutirões de conciliação judicial em que 90% dos processos tinham como autor o pró- prio banco ou empresas do grupo.

Resposta

O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, João Simões, disse que o dinheiro empregado pelo governo estadual no encontro de presidentes de tribunais é importante para o turismo local.

Simões também negou conflito de interesses pelo fato de o evento ter sido patrocinado pelo Bradesco. Segundo o desembargador, “todo mundo é parte na Justiça”.

“Se não houvesse patrocínio, o evento não se realizaria. Dinheiro dos tribunais não pode ser usado”, disse.

“As diárias dos magistrados, hoje na faixa de R$ 600, não dão para cobrir. Só com elas nós não conseguiríamos alugar um salão desse [salão nobre do hotel], alugar o som”, completou Simões.

Procurados, nem o governo do Amazonas e nem o Bradesco comentaram.(folha)


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