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Análise: A chegada de Seedorf

Afirmar que a chegada de Seedorf ao Botafogo tenha sido ou não a maior contratação da história do futebol brasileiro é assunto a ser relegado à mesa de bar, única esfera onde se permite haver convicção a partir de uma premissa tão relativa. Não obstante a este fator, a simples comparação ao retorno de Romario ao Flamengo em 1995, após ser consagrado o melhor jogador do mundo, e às chegadas de Deco ao Fluminense e Ronaldo ao Corinthians, denotam o real tamanho do anúncio feito neste sábado pelo Clube de General Severiano. Pertencente à estirpe dos melhores, a escolha de Seedorf representa a ruptura de um paradigma que o Glorioso há tempos necessitava. Trocando em miúdos, não há exagero na reação dos torcedores. É um reforço que muito deve ser comemorado – como de fato – vem acontecendo.

Com o desgaste da imagem de Loco Abreu, somado ao insucesso recente da equipe nas competições, apesar das boas campanhas, Seedorf trará um sopro de confiança e encontrará no elenco coadjuvantes de qualidade que lhe furtarão o fardo de ser a personificação da estrela solitária. Oswaldo de Oliveira ganhou um diferencial que, por sua vez, poderá ser capaz de tornar do Botafogo um time naturalmente diferente. Nas quatro linhas o reforço é inquestionável e nos momentos decisivos o holandês poderá ser a referência que carecia para as conquistas. Fora de campo deverá ser ainda mais importante, já que o ídolo tem a qualidade de aproximar torcida e clube, aumentar o interesse pelo espetáculo e em consequência, tornar-se fonte de receitas não só tangíveis, mas intangíveis.

Na próxima semana o Engenhão receberá um público que praticamente ainda não teve em jogos do Botafogo. As ruas ganharão os tons das camisas preto e brancas. Dono de negócios no Brasil, casado com uma brasileira, ídolo do futebol mundial, aos 36 anos Clarence Seedorf será reverenciado pela Meca do esporte bretão. A julgar pela recepção, as dificuldades de se adaptar ao país serão relegadas ao segundo plano. Pior será a missão dos adversários de se adaptarem ao seu futebol.

O cenário que mostra a Europa em bancarrota pela crise econômica e o Brasil prestes a receber as duas maiores competições esportivas do mundo não deve ser ignorado. Há uma década a contratação feita neste sábado pelo Botafogo seria impossível, hoje é uma nova realidade que aos poucos vem sendo descortinada. Quem sabe um indício de novas grandes estrelas que em breve deverão chegar por aqui. O Alvinegro pode com a sua audácia, ter aberto os olhos do Brasil para os produtos que tem em mãos em decorrência da historicidade atual e que não podem ser desperdiçados.


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