Casagrande se prepara para enfrentar Hartung nas urnas
Embora faça questão de dizer que ainda não está discutindo o processo eleitoral e o tema só entra na pauta no início do próximo mês, nos bastidores o governador Renato Casagrande (PSB) tem se movimentando bastante em torno de fortalecer as alianças e tentar neutralizar as investidas do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) que já confirmou que irá entrar na disputa pelo Palácio Anchieta.
Negar que já esteja se articulando parece um tanto quando inimaginável, já que as conversas e as movimentações políticas já começaram desde o ano passado. Agora então, com a decisão de Hartung, o meio político não se fala em outra coisa.
Mesmo não assumindo, fontes palacianas apontam que a suspensão do pedágio na Terceira Ponte é um dos principais trunfos de Casagrande para tentar se reeleger, já que apesar de toda a polêmica em relação ao tema, foi o atual governo que teve a coragem de atender um pedido que a sociedade já fazia há vários anos, clamor que ganhou força com as últimas manifestações populares.
Casagrande reforça que o fim do pedágio não teve nenhuma intenção eleitoreira, mas outra vez é inimaginável que o socialista não tenha pensando que uma decisão tão importante não teria peso às vésperas das eleições e que isso não seria usado como uma das principais bandeiras durante a campanha.
Além do pedágio, Casagrande tem se reunido com representantes de partidos políticos e até reuniões promovidas por prefeitos estão sendo feitas para pregar a “unidade de forças” para manter o equilíbrio do Estado.
Diante desses dois fatos mais recentes, fica difícil imaginar que essas forças vão continuar unidas nas próximas eleições. Grupos aliados, tanto de Casagrande, quanto de Hartung, já apostam todas as fichas em uma campanha com várias chapas, ao contrário de outros tempos quando o capixaba era obrigado quase a votar em um plebiscito devido à ausência de oposição.
Com o PT, principal partido da base socialista, cada vez mais perto de fechar aliança com Hartung e abandonar o barco socialista, resta a Casagrande tentar evitar o naufrágio da sua nau. E para isso, conta com o apoio de prefeitos e a repercussão do fim do pedágio para vencer essa batalha.
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