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Cid Gomes é demitido, diz Eduardo Cunha

Cid Gomes é demitido, diz Eduardo Cunha Gustavo Lima/Câmara dos Deputados/

Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse em plenário, na tarde desta quarta-feira, que o ministro da Educação Cid Gomes foi demitido. A demissão atende a um pedido do PMDB à presidente Dilma Rousseff.

Na tarde desta quarta-feira, o partido informou que sairia da base aliada caso o ministro não deixasse o cargo. Cid foi à Câmara dos Deputados para dar explicações sobre a declaração de que “haveria entre 300 e 400 deputados ‘achacadores’” na Casa. O governo esperava que ele pedisse desculpas e tentasse recompor as relações.

Ao invés disso, Cid afirmou que preferia “ser acusado de mal educado a ser acusado de ‘achacador’” como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da casa. Ele também informou que quem é da base aliada tem de votar com o governo.

— Ou larguem o osso. Saiam do governo — disse Cid.

Depois das novas declarações, o PMDB exigiu a saída do ministro ainda na tarde desta quarta-feira. A pressão deu resultado: há pouco, Cunha confirmou a demissão de Cid. Ele afirmou ter recebido a informação por meio de um comunicado do chefe da Casa Civil.

Cid Gomes teve o microfone cortado

A participação do ministro da Educação, Cid Gomes, na comissão geral da Câmara dos Deputados foi encerrada repentinamente com um bate-boca entre o ministro e o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ). Ao ser chamado de “palhaço” pelo parlamentar e ter o microfone cortado pelo presidente da Casa, Cid deixou o plenário e a sessão foi encerrada.

Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Cid seguiu direto para reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Após uma sequência de discursos pedindo sua saída do cargo, Cid teve 10 minutos de direito de resposta.

Ele iniciou sua fala repetindo que tinha profundo respeito pelo parlamento e que defendia a harmonia entre os poderes.

— Estou aqui com toda humildade e com respeito ao parlamento brasileiro — declarou.
O ministro voltou a dizer que não tinha problemas em se desculpar com quem se julgou agredido injustamente. Com uma postura de enfrentamento, Cid voltou a dizer que alguns partidos querem criar dificuldade para obter mais ministérios.

— Uns tinham cinco e agora têm sete. Logo vão querer a presidência — provocou o ministro em um discurso indireto ao PMDB.

Em tom altivo, o ministro condenou o oportunismo de alguns parlamentares da base aliada em momento de crise e disse que, “se alguém está mal, ele (Cid) vai querer ajudar”.

Na primeira intervenção após seu discurso, Zveiter disse que Cid agia premeditadamente para piorar a relação entre governo e parlamento. Na avaliação do deputado, Cid queria “pular fora” de um barco “prestes a afundar”.

* Zero Hora, com Estadão Conteúdo
— Não tem volta, temos de interpelá-lo no STF — reforçou, para em seguida chamá-lo de “palhaço”.

Cid pediu respeito e começou a discutir com Zveiter. Cunha cortou o microfone do ministro e disse que ele não podia rebater o parlamentar daquela forma. Com a saída de Cid no meio da sessão, Cunha encerrou a comissão geral avisando que entrará com ação judicial contra o ministro. “Essa Casa terá de reagir e não resta a menor dúvida disso”, avisou o peemedebista.


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