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Ferraço é considerado ingrato pelo PMDB capixaba

ricardo_ferraco_senador__b62afda593Depois que anunciou a retirada da sua candidatura ao Governo do Estado e declarou apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), o senador Ricardo Ferraço (PMDB) deixou o PMDB capixaba em polvorosa e pegou todo mundo de surpresa. Talvez surpresa não fosse a palavra mais apropriada, já que até mesmo dentro do partido poucos acreditavam que sua intenção de disputar as eleições iria ser concretizada.

Apesar da candidatura sem crédito entre os próprios pares, o partido fazia questão de apoiá-lo oficialmente. Em público, o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) sempre o apontava como até então a única opção do partido, embora a preferência pelo ex-governador Paulo Hartung nunca tivesse sido escondida.

O próprio Lelo diz que nos programas de televisão do partido, Ferraço teve amplo espaço. “Até eu fiquei de fora para que ele pudesse aparecer”, relata. Interlocutores do próprio Hartung garantem que há um clima de ingratidão no ar, até porque, mesmo lhe rifando da opção de disputar o Palácio em 2010, foi Hartung quem o ajudou a eleger para o Senado com recorde de votos.

Agora, ao se aliar a Casagrande e renegar apoio ao seu até então padrinho político, Ferraço deu seu “grito de independência” ou o “grito dos excluídos”. No entanto, a rebeldia não é vista com bons olhos entre os peemedebistas e aliados de Hartung. “Isso é coisa de menino pirracento”, declara fonte ligada ao ex-governador.

O senador garante que vai fazer um trabalho de convencimento com prefeitos e lideranças do partido para levá-los para o lado de Casagrande. Lelo garante que a maioria do partido tem a posição de candidatura própria.

O racha no partido já é visível e o senador vai ter uma tarefa difícil pela frente. Nem mesmo a deputada federal Rose de Freitas (PMDB), que até então aliada de Casagrande e que tem Hartung como desafeto político, deve fechar com o ex-governador em troca da vaga do Senado na chapa peemedebista.

Embora não consiga atingir seus objetivos, só o fato de Ferraço promover a revanche com Hartung já é um sinal de que a “união de forças” sempre apregoada no Espírito Santo durante o período de reconstrução política do Estado chegou ao fim. Essa mesma união que colocou Casagrande no poder agora parece desmoronar como um castelo de areia.

Surge então dois grupos fortes. Um comandando por Hartung. O outro, formado por desafetos do ex-governador, liderado por Casagrande e que tem como principais aliados o próprio Ferraço e o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS). De que lado da corda a maioria das autoridades vai ficar, já que a guerra já está declarada?


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