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Pessoas em situação de rua ingressam em cursos profissionalizantes

Pessoas em situação de rua ingressam em cursos profissionalizantes
Até os nove anos, Rafael Santos tinha uma vida comum para um garoto desta idade, mas a situação começou a mudar a partir do primeiro contato com as drogas. O garoto ficou viciado em crack, deixou a escola e passou a morar nas ruas de Salvador. Hoje, aos 25 anos, ele tem a chance de recomeçar.
Ao ingressar no Projeto Ponto Cidadania, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Rafael já pensa em começar a trabalhar. “É muito difícil achar um trabalho. Para sobreviver, fiz bicos, mas a gente sente a necessidade de ter uma carteira assinada. Hoje moro com minha mãe e quero poder ajudar em casa”, afirma.
O Ponto Cidadania oferece cursos profissionalizantes nas áreas de serviços gerais, artesanato e camareira. Atualmente, 60 alunos assistem às aulas, divididos em três turmas. Todos consideram a capacitação uma oportunidade de inclusão social. “Essa é uma chance que nunca tinha surgido na minha vida. Tinha errado no passado, mas agora procuro o caminho certo. Vou segurar com unhas e dentes”, afirma Rea Silvia Moreira, 27, que também tem histórico de uso de crack.
Segundo a professora Priscila Nascimento, que dá aulas desde o início do projeto, em 2014, a vivência dos alunos ajuda no aprendizado. Para a educadora, na sala de aula, a inteligência de rua se une ao conhecimento técnico. “Eles são muito inteligentes. A gente percebe o quanto aprendem rápido. Durante as aulas, demonstram interesse e se orgulham do que conseguem compreender”.
A capacitação tem carga horária de 60 horas e cada aluno que conclui o curso recebe certificado da SJDHDS. O direcionamento ao mercado de trabalho é feito através do SineBahia. “O certificado entregue pela Secretaria de Justiça é uma garantia de aprendizado e frequência do aluno. Além disso, temos parceria com o SineBahia na tentativa de garantir o aproveitamento dessas pessoas em serviços compatíveis com o grau de conhecimento”, explica o presidente da Comunidade Cidadania e Vida (Comvida), ONG parceira do projeto, Valnei Roberto Silva.
Topa
Apesar do aprendizado proporcionado pelos cursos profissionalizantes, ainda é possível notar a falta de base dos alunos. Essa carência de conhecimento básico motivou a conexão do projeto com o Programa Todos Pela Alfabetização (Topa). “Pela primeira vez na história do Topa, pessoas em situação de rua e com envolvimento com drogas vão ser contempladas pelo programa. Neste ano, serão cinco turmas exclusivas para pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas”, destaca a consultora do Ponto de Cidadania, Trícia Calmon.

Fotos: Pedro Moraes/GOVBA


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