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PMDB MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM EDUARDO CUNHA

Integrantes da cúpula do PMDB ligados ao vice-presidente Michel Temer avaliam que o ousado movimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para inviabilizar a sessão do Conselho de Ética, deixou o aliado em situação ainda mais vulnerável e já demonstram preocupação com a disputa que pode tirar o partido do comando da Casa. O agravamento da situação de Cunha e o esvaziamento de apoios em todos os partidos, inclusive no próprio PMDB, colocou os caciques peemedebistas em estado de alerta com a possibilidade de o partido perder a presidência da Casa.
Os peemedebistas destacam que o comando da Câmara é crucial para o projeto político do PMDB de aumentar a hegemonia nas eleições municipais de 2016 e, principalmente, para uma candidatura presidencial em 2018. Há um temor de que, com o enfraquecimento cada vez maior de Cunha diante de seus pares, a sucessão pela presidência da Câmara adquira uma dinâmica incontrolável que não termine com o que consideram um movimento natural, que seria a manutenção do cargo com o PMDB, por ser o maior partido na Casa. A avaliação entre essas lideranças é de que será pequena a influência que Cunha terá para fazer seu sucessor e que pode ser necessária uma intervenção por parte do comando do PMDB na disputa. Os dirigentes do partido querem evitar que o governo seja o responsável pela nomeação do próximo presidente da Casa.
As manobras de Eduardo Cunha para tentar impedir a abertura de processo contra ele no Conselho de Ética da Casa, causaram desconforto na cúpula do PMDB. A operação foi considerada “muito truculenta” pela direção partidária. Não é tradição do PMDB, no entanto, tomar a iniciativa de punir seus integrantes, ainda que haja um sentimento de que o partido começa a ser prejudicado pela exposição negativa. A direção do PT continua tentando ganhar tempo, temendo que um confronto com Cunha prejudique o governo. A preocupação é que o presidente da Câmara revide com a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e que a crise política inviabilize a votação de medidas do ajuste fiscal.
A insatisfação na bancada petista deve-se ao fato de o desgaste pelo apoio à manobra protelatória de Cunha ser dividido entre todos. A revolta maior é dos deputados que integram a Mensagem, segunda maior corrente interna petista e oposição ao comando partidário. Metade da bancada do PT assinou a representação contra Cunha feita pelo PSOL no Conselho de Ética.Os insatisfeitos cobram do líder Sibá Machado uma reunião, na próxima terça-feira, para discutir o assunto, e tentam conseguir uma posição partidária, com o respaldo do presidente do PT, Rui Falcão. Depois de desembarcar da aliança que mantinha com Cunha, o PSDB tenta agora jogar o desgaste pela sustentação do peemedebista no colo do PT. É isso que uma parcela da bancada petista tenta evitar.


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