A comissão especial mista criada para apreciar a Medida Provisória 670, que trata do reajuste da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física, aprovou na quarta-feira, parecer do relator senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). A proposta mantém correção escalonada entre 4,5% e 6,5%, de acordo com a faixa de renda.
Para o Sindicato dos Bancários da Bahia, a decisão não pode prejudicar trabalhadores. A entidade defende a correção justa da tabela do Imposto de Renda, assegurando que a corrosão inflacionária do poder aquisitivo seja atualizada para não onerar ainda mais os assalariados.
“A tabela ficou sem correção ao longo dos anos 90 e nos últimos anos tem sido modificada, mas ainda com valores abaixo da inflação. O assunto está no STF, sem previsão de solução”, afirma o presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos.
O Dieese calcula que a defasagem ultrapassa 60%, de modo que 8 milhões de trabalhadores deveriam estar isentos do tributo. “Reconhecemos que essa MP é um avanço diante do período em que a tabela ficou congelada, mas ainda insuficiente para superarmos essa distorção histórica”, finaliza Vasconcelos.