Uma dona de casa de 33 anos é suspeita de negociar a própria filha de 13 anos em troca de cachaça. A negociação teria sido feito com um dono de bar de 68 anos, no bairro Asteca, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital, segundo a polícia.
O suspeito é vizinho das duas e estaria abusando sexualmente da menor há um mês. O caso foi denunciando ontem para a polícia por funcionários da escola onde a adolescente estuda, no bairro São Benedito. Mas mãe, filha e suspeito negam.
De acordo com a Polícia Militar, após as denúncias feitas pela escola, os policiais foram até a casa da garota no bairro Asteca e encaminharam os três para a delegacia. A dona de casa estava embriagada e confirmou para a polícia ser alcoólatra, mas disse que nunca negociou a filha para comprar bebida.
Na delegacia, a adolescente não confirmou que tenha sido abusada sexualmente pelo comerciante. Mas, em depoimento aos policiais, ela havia contado que, há um mês, o comerciante tentou agarrá-la, mas ela conseguiu escapar dele e não contou o ocorrido para ninguém. A suspeita da polícia é que a jovem está com medo de confessar os abusos. A menor foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo delito.
De acordo com o delegado Wellington Carvalho de Souza, a polícia agora deve ouvir as funcionárias da escola que teriam denunciado o abuso sexual para saber como elas ficaram sabendo que a mãe estaria vendendo a filha em troca de bebidas. “Precisamos ouvir as três pessoas que fizeram a denúncia. Ainda é cedo para dizer se aconteceu o crime ou não. Ainda mais com os envolvidos negando o crime”, disse o delegado.
Dinheiro
Durante entrevista à imprensa, o suspeito disse que conhece a menina desde que ela nasceu. Também afirmou que é pai de três filhos e que já teria dado dinheiro, até R$ 5, para a menina, para que ela pudesse comprar merenda na escola.
Histórico
De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito de abusar da menina possui passagens pela polícia por receptação e furto, ocorridas antes de 1995. Ele já teria cumprido as penas pelos crimes. Na tarde de ontem, o comerciante foi ouvido pelos policiais e liberado por falta de provas que possam embasar a autuação em flagrante por estupro.(supernotícia)