Os baianos foram surpreendidos na semana passada, período da Páscoa, por um movimento que trouxe de volta a insegurança. “Eu tive que reagir mantendo a serenidade, mas com muita firmeza, com muito pulso, como fizemos”, declarou o governador Jaques Wagner sobre a greve da Polícia Militar no estado. A paralisação dos policiais é o assunto que abriu o programa de rádio ‘Conversa com o Governador’ desta semana.
O governador inicia o programa falando sobre como vem enfrentando esses dias tensão: “Evidentemente, com muita preocupação. É claro que foi uma semana de muita tensão, uma semana que deveria ser de tranquilidade, porque é a semana da Páscoa. Mas, infelizmente, em função de uma decisão que eu considero completamente precipitada e unilateral, na medida em que é público que nós estávamos em um processo intenso de negociação – chegamos a assinar com uma das lideranças a proposta que ao final foi recolocada, e eles voltaram após 35 horas de greve. Mas era totalmente desnecessário fazer o povo baiano passar por esse sofrimento, essa tensão toda”.
Ele destacou uma das consequências daquela decisão precipitada: “Um volume de assassinatos que cresceu muito em relação a um igual período de normalidade, inclusive com a perda da vida de cinco policiais militares, que no seu dia a dia colocam a própria vida para defender a vida de todos. Então, eu realmente considero que foi totalmente impróprio, além de ser ilegal e inconstitucional”.
“Então, espero que a gente tenha a normalização total, que já está acontecendo. Estou avaliando com o ministro da Justiça e também com o general que comanda as ações da Garantia da Lei e da Ordem, todos os dias, fazendo um balanço para ver o momento que a gente possa suspender a Garantia da Lei e da Ordem, mas não tem data marcada para isso. Vai depender dessa avaliação diária”, completa.