Uma quadrilha invadiu nesta quinta-feira uma agência do Banco Bradesco na Avenida Azenha, uma das avenidas mais movimentadas de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), e fez 30 reféns durante a tarde. Após uma denúncia por telefone, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) chegou rapidamente ao local, assim como a Brigada Militar e Polícia Civil, que isolaram a área. Depois de duas horas, os reféns passaram a ser liberados.
Em um primeiro instante o comandante da polícia local, coronel Atamar Cabreira, estimou que a quadrilha era formada por seis assaltantes, porém apenas três foram presos ao sair do local entre os últimos reféns. A polícia acredita que outros dois ou três tenham conseguido fugir durante a negociação.
Os homens chegaram a colocar fogo nas câmeras de vigilância e amarrar as pessoas quem estava dentro da agência no momento que a polícia chegou. As negociações foram, conduzidas pelo Gate, e se alongaram desde aproximadamente às 16h45 até as 20h20.
De acordo com Cabreira, a quadrilha estava disposta a negociar a soltura dos reféns que eram mantidos no segundo andar da agência, porém exigiam a presença de familiares na negociação, da imprensa e de um advogado. Todos os pedidos foram acatados e, aos poucos, os reféns foram sendo liberados. Dois dos assaltantes tentaram sair misturadas com os reféns mas acabaram presos. O último deixou o local logo depois, foi identificado, em seguida revistado e algemado pela polícia. Segundo o coronel, não houve feridos.
As famílias dos sequestradores contribuiram com as negociações e os parentes dos reféns também chegaram rápido ao local. Aos poucos todos foram sendo liberados e encaminhados prontamente para uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Entre os primeiros a serem liberados estiveram a gerente de agência e uma mulher grávida.
A Brigada Militar orientou que a população evitasse passar pela região, e pediu para que as pessoas que moram perto do local que não saissem de casa. Segundo o subcomandante do 1° Batalhão da Brigada Militar, major Luiz Porto, a ocorrência era de alto risco. De acordo com ele, a informação é de que o caso começou com um assalto frustrado e a ocorrencia teve que ser tratada com muita calma e conversa para não haver problemas maiores.
A área onde fica a agência, entre as ruas Botafogo e Visconde do Herval, foi isolada e todo o comércio da avenida fechado. O trânsito passou a ser desviado por toda a tarde, voltando a ser liberado apenas as 20h30. A questão se complicou ainda mais diante da aproximação do jogo do Internacional contra o clube peruano Juan Aurich, marcado para as 20h no Beira-Rio pela taça Libertadores da América.