O mundo é azul, vermelho e dourado. O Barcelona conquistou neste domingo o título do Mundial de Clubes da Fifa ao vencer de forma inquestionável o Santos por 4 a 0. Os gols foram marcados por Lionel Messi (dois), Xavi e Fábregas. O time brasileiro foi neutralizado ainda no primeiro tempo e seus principais ídolos, Paulo Henrique Ganso e Neymar, praticamente não conseguiram jogar o que sabiam.
Barça envolve Santos ainda no primeiro tempo
Desde os primeiros segundos, sinais de todos os detalhes seriam históricos: aos dois minutos, Messi tentou a primeira arrancada, mas foi neutralizado por Danilo. Enquanto o Santos permanecia atento na defesa, o Barça agia para não deixar o time paulista sair jogando. Aos sete, a primeira aproximação da equipe brasileira, com Ganso rolando para Neymar, mas desta vez a zaga adversária não deixou continuar.
Os comandados de Pep Guardiola procuravam envolver os santistas com o toque de bola, com plena habilidade. Aos 12 minutos, a primeira jogada empolgante: Messi se livrou de Henrique e Durval, avançou e finalizou com decisão. Rafael não só defendeu o chute do argentino como também defendeu o rebote de Thiago Alcântara.
O que era imaginado ocorreu aos 16: Xavi dominou com categoria (após falha de Durval) e passou para Messi. O argentino invadiu a grande área e tocou na saída de Rafael. Gol do Barcelona. Com a vantagem, o time catalão passou a dominar por completo a partida, até que conseguiu ampliar aos 23 minutos: Daniel Alves cruzou na medida para Xavi, que se livrou de Bruno Rodrigo e finalizou com perfeição. Segundo gol do Barcelona.
O Santos aparentava estar atônito, mas queria resistir: aos 26, Ganso deu bom passe para Borges avançar com disposição e chutar cruzado pela direita, mas Valdés estava atento. Dois minutos depois, Fábregas carimbou a trave. A primeira mudança no time de Muricy ocorreu aos 30: Elano no lugar de Danilo, por dores aparentes. Foi a última participação do lateral-direito no time brasileiro, pois está se transferindo para o Porto (Portugal). Mas o Barcelona passou a amarrar o jogo com toda a tranquilidade. Neymar praticamente não era acionado, e nas poucas vezes em que recebia a bola sofria dura marcação de Puyol e Piqué.
Aos 44 minutos, o Barcelona não deixou dúvidas de que estava com uma mão na taça: Dani Alves tocou para Messi, que não se deixou intimidar pela tentativa de pênalti e devolveu para o lateral brasileiro. Thiago Alcântara recebeu e cabeceou, Rafael rebateu e Césc Fábregas não desperdiçou.
Messi: gol com grife
Logo no primeiro minuto da etapa complementar, o sinal de que o Barça tinha condição de fazer mais: Fábregas desarmou Edu Dracena e rolou para Lionel Messi. O atacante devolveu a gentileza e Fábregas finalizou, para defesa difícil de Rafael. O Santos queria mostrar que ainda estava presente em campo: em seguida, Borges cruzou para Neymar, que não cabeceou bem.
O domínio da equipe catalã passou a ser tão profundo que havia a permissividade de errar, como na bola isolada por Daniel Alves aos seis minutos. Os santistas se baseavam no esforço pessoal e individual de PH Ganso e Borges. Neymar teve um lampejo aos 11, após aproveitar deslize de Xavi, arrancar em velocidade e chutar em cima de Valdés. Quatro minutos depois, Elano fez um chute perigoso pela direta, mas passou por cima do gol.
A partir dos 20, o Barcelona tinha praticamente 80% de posse de bola, com direito a passes de letra. Os brasileiros presentes em Yokohama, demonstrando resignação e reconhecimento, cantavam “Santos, Santos”. Daniel Alves carimbou o pé da trave esquerda aos 34. E a glória final ocorreu aos 37, quando o lateral brasileiro rolou para Lionel Messi marcar um golaço com assinatura, após driblar Rafae