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Bastidores de Brasília:Hemorragia mineira

Bastidores de Brasília:

Hemorragia mineira – Das sete capitais pesquisadas pelo Datafolha, foi em Belo Horizonte que José Serra (PSDB) registrou sua maior queda: sete pontos. Recuou cinco em Curitiba, reduto tucano, e dois em São Paulo, da qual foi prefeito entre 2005 e 2006. No que diz respeito aos Estados, a sangria em Minas, de cinco pontos, ficou atrás apenas da registrada no Distrito Federal.

Desde a semana passada, as campanhas de Aécio Neves ao Senado e de Antonio Anastasia ao governo mineiro têm em mãos uma fita com depoimento de Serra, que reivindica aparecer no horário de propaganda dos correligionários. Segundo Aécio, o material será usado “no decorrer da próxima semana”.

A herdeira – Marina Silva foi a grande beneficiária dos recuos de Dilma Rousseff entre eleitores mais escolarizados (a petista caiu cinco pontos; a verde ganhou quatro) e entre os que recebem mais de dez mínimos (Dilma caiu sete, Marina ganhou seis).

Curto-circuito – O empenho do empresário Sérgio Andrade em favor de Anastasia se dá em meio à cruzada de Hélio Costa contra a Cemig. O peemedebista fala em vender a estatal e prega redução das tarifas. A Andrade Gutierrez controla 33% da empresa mineira de energia.

Faxina – As prisões da operação Mãos Limpas animaram a oposição no Amapá. Lucas Barreto (PTB) e Jorge Amanajás (PSDB), que disputam a dianteira, temiam o crescimento do governador Pedro Paulo Dias (PP), em terceiro nas pesquisas e agora detido pela PF.

Órfão – O estrago é ainda maior pois o ex-governador Waldez Góes (PDT), fiador de Pedro Paulo e líder para o Senado, também foi preso.

Companhia – Empresários e aliados regionais deverão aparecer na propaganda de Dilma. O pecuarista José Carlos Bumlai é um dos que já teriam dado depoimento.

Precursora – Alexandre Padilha (Relações Institucionais) prepara neste fim de semana em Fortaleza o terreno para comício com Lula na quarta. O ministro quer garantir que os candidatos ao Senado Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), em conflito permanente, estejam juntos no palanque. A visita antecipada também visa medir a “temperatura” de Ciro Gomes (PSB).

A ver – Em entrevista à revista “The Economist”, na quinta-feira, Lula falou muito mais de política interna do que externa. A conversa tratou do legado dos oito anos de Lula no poder e das perspectivas do país. A revista, que nesta semana questionou o alcance do poder de Dilma Rousseff num eventual futuro governo, abordou o tema também com Lula.

Dia 13 – Aloizio Mercadante (PT-SP) espera levar 2.000 pessoas ao Anhembi na segunda-feira, em evento batizado de “arrancada para o segundo turno”. Prefeitos e deputados do partido subirão ao palco do centro de convenções para manifestar apoio ao candidato em ato similar ao promovido pelos tucanos no dia 1º.

Tiroreio

“Como o Fura-Fila do Pitta, o trem-bala de Dilma e Mercadante está na plataforma dos marqueteiros, sem nenhum compromisso com as necessidades da população”

Do deputado estadual BRUNO COVAS (PSDB-SP), referindo-se à promessa os petistas que disputam, respectivamente, a Presidência e o governo paulista.

Contraponto

Um tapinha não dói – Em campanha pelas ruas da capital paulista, um militante tucano buscava um modo de tornar mais conhecido o candidato do partido ao Senado. Resolveu apelar para o quadro do “Pânico na TV” no qual os humoristas gritam “Antoooonioooo Nunes!” antes de dar fortes tapas nas pernas dos “voluntários” interessados em aparecer no programa:

– Pessoal, este aqui é o Aloyyyyysioooo Nunes!


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