O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, falou pela primeira vez sobre seu pedido de demissão da pasta e voltou a afirmar que não haverá provas que o incriminem. Ele disse que optou por deixar o cargo para poder defender sua honra, o governo, e seu partido, o PCdoB. Silva ressaltou que sai do governo com sentimento de dever cumprido.
“O resultado da reunião foi a decisão de que seria melhor eu me afastar, e a presidente me apoiou. Dessa maneira posso defender com mais enfase a minha honra”, disse Silva, em entrevista coletiva após reunião com a presidente Dilma e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, no Palácio do Planalto.
Orlando Silva disse que abriu uma queixa crime contra o policial militar João Dias Ferreira e contra o motorista Célio Soares, autores da denúncia veiculada pela revista “Veja” que disse que Silva era comandante de suposto esquema de desvio de verbas do programa “Segundo Tempo”. Silva citou o fato de que nenhum dos dois compareceu à audiência pública na Câmara nesta quarta-feira para depor.
“Abri queixa crime para denunciá-los por calúnia. Faço pedido de prisão desses dois criminosos que fugiram da Câmara para não falar. Vivi um linchamento público, mas tranquilizei a presidente Dilma dizendo que a verdade vem a tona. Vaio ficar claro para a sociedade brasileira que nada pode me incriminar. Sofri um ataque baixo”, afirmou.
O ex-ministro afirmou que o quadro produziu uma crise política. Ele disse que continua defendendo o sucesso do governo até o fim, e espera que a apuração que solicitou ao Ministério Público e à Polícia Federal fique pronto em breve.
“Me interessa que tudo fique claro e que a imprensa possa modificar esse noticiário. Desejo que em um prazo breve vocês mostrem que a verdade está comigo”, completou.