ECONOMIA BRASILEIRA VOLTA A CRESCER NO FINAL DO ANO, DIZ MENDONÇA DE BARROS
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29 de maio de 2016A economia brasileira vai voltar a crescer ainda no final deste ano, afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros, em artigo publicado neste domingo no jornal Estado de São Paulo, confirmando o que o economista e editor do portal Bahia Econômica, Armando Avena, já vem dizendo há várias semanas, mesmo antes do impeacment da Presidente Dilma.
O jornal Folha de São Paulo também afirma na edição deste domingo que a economia brasileira está caminhando para o início de uma estabilização e que uma recuperação embrionária está em curso e poderá levar a uma retomada mais rápida do que o esperado.
A Folha diz que a recuperação resulta não apenas da troca de governo, mas de ajustes feitos pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy e diz que já há dados demonstrando a recuperação da economia.
O aumento no número de emplacamentos de carros, a estabilização do nível de estoques de bens duráveis (como carros e eletrodomésticos) e da produção de máquinas e equipamentos mostram que a economia parou de cair.
Em seu artigo, Mendonça de Barros diz que a estimativa da sua consultoria, a MB Associados, é de uma contração no primeiro e segundo trimestre, mas afirma que haverá uma estabilização da economia no segundo semestre do ano e um crescimento em 2017, na faixa de 2% ou algo mais.
Barros diz que, além da qualidade da equipe econômica de Temer, há outros sinais como o setor do agronegócio, que continua “bombando” e o fato da China estar elevando suas importações de alimentos de forma significativa.
Além disso, as exportações totais em quantidade (que é o que interessa quando se olha a redução da ociosidade) cresceram 18% nos quatro primeiros meses deste ano, em relação ao ano passado.
Mendonça finaliza, afirmando que, o consumo também vai crescer ao longo do ano, especialmente, na área de duráveis, pois a maior parte dos analistas projeta uma inflação na casa de 7% para este ano e de 5% a 5,5% no ano que vem. Tudo isso, e com a uma inflação esperada de 5,5% no próximo ano, dá mostras de que o crescimento vai voltar.