Data: 09/12/2013
11:21:37
Dos três candidatos mais expressivos que a Bahia terá ao governo, dois já são conhecidos: Rui Costa (PT), da base governista, e Lídice da Mata (PSB), que se não é governo também não chega a ser oposição. Estão definidos ainda os candidatos ao Senado, respectivamente Otto Alencar e Eliana Calmon.
Somente a oposição histórica hesita em indicar representantes, diante da divergência que divide, sem afastar, os principais líderes. Geddel Vieira Lima (PMDB) sente que a escolha antecipada o favoreceria, enquanto o prefeito ACM Neto (DEM) quer adiar ao máximo a campanha eleitoral por interesse administrativo, pois reduziria o período de conflito com os governos estadual e federal.
Neto teria outro motivo para desejar que a decisão venha depois do Carnaval, quando já estaremos em março. Não que Geddel fosse um desastre para ele, pois, afinal, se trata de um aliado, mas porque Paulo Souto seria infinitamente melhor, por ser um correligionário histórico e leal, com a vantagem de que Geddel o apoiaria.
O grande entrave é Souto, que não quer enfrentar o cansaço, o desgaste e a exposição de mais uma campanha a governador, apesar dos insistentes apelos do prefeito e do presidente nacional do DEM, Agripino Maia, que até o colocou no programa do partido em rede de televisão a ser exibido quinta-feira.
Essa participação, mais a adesão de Souto às redes sociais, a súbita vocação de articulista de jornal e a crítica ao governo, com comparação de números, fazem-no, para muitos, candidato ao governo, embora a estratégia se preste muito bem a uma disputa pelo Senado ou mesmo, remotamente, pela Câmara dos Deputados, como puxador de votos.
*Por Escrito