‘Gonzaga – De pai pra filho’ promete emocionar a plateia

Em “Gonzaga – De pai pra filho” (2012) o cineasta Breno Silveira leva novamente para os cinemas a história de dois ícones da música popular brasileira, dessa vez, apresentando ao público a trajetória de desencontros de um homem do sertão nordestino, que se tornou Rei do Baião no Rio de Janeiro, e de seu filho, carioca do Morro de São Carlos. O SRZD já conferiu o longa que abriu a 14ª edição do Festival do Rio, e estreia nos cinemas no dia 26 de outubro, e ficou bem satisfeito com o que viu na tela grande.

– Veja o trailer do filme

A produção conta a história de Luiz Gonzaga (Land Vieira, jovem / Chambinho do Acordeon, adulto / Adélio Lima, idoso) e seu filho Gonzaguinha (Alison Santos, criança / Giancarlo di Tommaso, jovem / Júlio Andrade, adulto), que durante muitos anos mantiveram uma relação complexa e conturbada. A trama começa com o áudio original de uma conversa entre pai e filho, para, então, mostrar o acerto de contas dos dois através de flashbacks e imagens de arquivo.

Como toda produção de Breno Silveira, o filme aposta no melodrama sem cair na pieguice, com boas interpretações, especialmente de Andrade, Nanda Costa (Odaléia) e João Miguel (Miguelzinho). O filme também tem um visual caprichado, com ótima fotografia de Adrian Teijido e excelente direção de arte de Cláudio Amaral Peixoto.

O roteiro de Patrícia Andrade é bem desenvolvido, mas tem alguns probleminhas, que devem-se em parte ao fato de a história de Luiz Gonzaga ter sido mais explorada que a de Gonzaguinha. Na segunda metade do longa, a trama é apresentada com mais rapidez e pouco aprofundamento. Mas nada que incomode o espectador ou comprometa o filme.

Livremente baseado na obra ‘Gonzaguinha e Gonzagão, Uma História Brasileira’ e nas biografias de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, “Gonzaga – De pai pra filho” é outro belo trabalho de Breno Silveira. É uma produção de qualidade inegável e que merece ser assistida ao menos uma vez.