Justiça revoga apreensão do adolescente, acusado de matar a cigana Hyara Flor em Guaratinga

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15 de agosto de 2023
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O adolescente de 14 anos que foi apreendido após ser apontado, inicialmente, como suspeito de matar a esposa cigana Hyara Flor Santos Alves, também de 14 anos, foi liberado no início da noite desta segunda-feira (14). A saída aconteceu após a Justiça da Bahia revogar a apreensão. O rapaz estava internado num centro socioeducativo no Espírito Santo desde o dia 26 de julho. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa do adolescente.

“A defesa não comenta o teor e as circunstâncias, mas confirma que houve decisão de liberar o menor”, disse o advogado Homero Mafra, que representa o adolescente.

Procurado, o pai do menino disse que também não vai comentar a decisão.

Em nota, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) informou que não pode divulgar informações sobre adolescentes que ingressam, cumprem e/ou cumpriram medida socioeducativa de internação nas unidades da instituição. O motivo é que a divulgação viola o princípio da proteção integral, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O marido da cigana Hyara Flor havia sido apreendido no dia 26 de julho, em Vila Velha, no Espírito Santo. Ele e a família fugiram para o estado capixaba logo após o crime.

A investigação inicial apontava que o crime teria sido cometido por vingança após um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima. No entanto, conforme a polícia, a versão não se sustentou com provas.

Adolescente foi morta por cunhado, aponta inquérito

No dia 10 de julho, a Polícia Civil da Bahia finalizou o inquérito policial sobre a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, e concluiu que o tiro que matou a adolescente foi disparado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, quando a criança, de nove anos, e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.

“A Hyara falou: ‘Finja que você vai me assaltar e como você faria’. O menor, no manusear da arma, que estava carregada, pressionou o gatilho, ocorrendo o disparo”, disse o coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior /Eunápolis, Paulo Henrique de Oliveira.

O anúncio do fim das investigações foi feito no dia 11 pela Polícia Civil, que disse que a conclusão seria encaminhada para a Justiça.

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