Foto: Lula Marques/ Agência PT
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou nesta sexta-feira (10), que o vazamento dos pedidos de prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenha vindo da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Durante encontro com procuradores eleitorais em Brasília, o chefe do Ministério Público disse que estará à disposição para “descobrir e punir” quem cometeu o vazamento. “Afirmo, senhores, peremptoriamente, o vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: a quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi”, disse.
Na ocasião, Janot defendeu a atuação da Procuradoria e disse que a instituição mantém sua ação dentro dos limites da lei. “Estejam certos, porém, de que não me desviarei um milímetro dos parâmetros legais: ser Ministério Público não é ser justiceiro”, disse. “Como já tive oportunidade de repetir inúmeras vezes, não cabe à nossa instituição assumir postura quixotesca e irresponsável. Mas temos o dever de não faltar, no âmbito de nossas atribuições constitucionais, aos justos anseios da sociedade, que tem manifestado inequivocamente o desejo de ver cessar a impunidade e de testemunhar a nossa vontade inflexível de dar combate sem tréguas e sem distinções à corrupção em nosso país”, afirmou.