Negócios na China
Missão baiana se reúne com empresários dos Emirados Árabes
Depois de participar de diversos encontros com empresários chineses, em Shandong, Jinan e Pequim, e de ter instalado um escritório de negócios da agropecuária baiana na China, a missão da agropecuária baiana na Ásia, chefiada pelo secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles e pelo superintendente de Política do Agronegócio, Jairo Vaz, a comitiva se reúne em Dubai, neste domingo (23), com empresários dos Emirados Árabes, interessados em investir na Bahia.
De acordo com Jairo Vaz, os empresários querem conhecer a Bahia por acreditar no potencial agropecuário do Estado. “Eles mostram interesse em investir na soja, no algodão, nas frutas e na pecuária. Nesse encontro, vamos abrir caminhos para o surgimento de novos negócios”, acredita o superintendente. Ele observa que a vinda de empresários estrangeiros para a Bahia vai gerar empregos e aquecer a economia.
Na avaliação de Vaz, o estreitamento das relações entre Brasil e China vai estimular a vinda de agroindústrias para a Bahia, o que contribuirá para a verticalização das cadeias produtivas. Além disso, continua ele, a instalação do escritório de negócios em Pequim vai aumentar a possibilidade de novos investimentos na agropecuária baiana. “Os empresários estão confiantes no potencial da Bahia e na geração de bons negócios. O escritório dará sequência às negociações feitas, além de ser uma garantia para o empresariado de que o governo baiano, através da Seagri, está dando todo o apoio”.
Um dos membros da comitiva baiana, Henrique Almeida, presidente da Associação dos Produtores de Cacau, APC, classifica a instalação do escritório de negócios em Pequim como uma ação das mais importantes, “uma verdadeira virada de mesa do agronegócio”. “A Bahia se estabelece como o primeiro estado do País a conseguir um feito desse. Acredito que será mais fácil e seguro se travar novos negócios”, diz.
Para Suemi Koshiama, diretor-presidente da Special Fruit e representante do Instituto da Fruta, a Missão China representou o primeiro passo de aproximação entre a China e o Brasil. “A China consome muito e tem alto poder aquisitivo. A sinergia de negócios entre os dois países é boa. A semente foi plantada, e estamos abrindo caminhos com a instalação do escritório de negócios”, pontua.
O grupo retorna a Salvador na manhã de terça-feira (25), trazendo na bagagem planos e compromissos de parceria com o empresariado chinês. No dia 28 deste mês, a vice-governadora de Shandong, Wang Suilian, retribui a visita e participa no Hotel Pestana, ao lado do governador Jaques Wagner e de Salles, da implantação de 12 câmaras setoriais, passo fundamental para a elaboração do planejamento estratégico para a agropecuária baiana para os próximos 20 anos.