MST ocupa três áreas de empresas de celulose no Extremo sul da Bahia
abrindo a jornada de mobilização das mulheres no Brasil 4 de Março de 2013
Mais de 1.200 mulheres integrantes da Via Campesina ocuparam nessa manhãde segunda feira 04/03 uma área da Veracel Celulose no município de Itabela e duzentas famílias ocupam duas áreas da Suzano celulose em Teixeira de Freitas, abrindo assim a jornada de mobilização das
mulheres no estado da Bahia.
Pela terceira vez consecutiva as Sem Terra ocupam as terras deempresas de eucaliptos denunciando a sociedade a ofensiva do agronegócio e os impactos ambientais e sociais que essas empresas provocam na vida da população,segundo dados da Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul Da Bahia- CEPEDES- as empresas Veracel, Fíbria e Suzano nos últimos vinte anos se apropriaram de aproximadamente um milhão de hectaresterras só nessa
região. Como resultado disso os impactos sociais e ambientas estão explicito no retrato deste território.
A Larga escala desta produção de floresta, planta também conhecida como deserto verde provocou uma intensa destruição da biodiversidade, pois em seu sistema não sobrevivem outras espécies de plantas, bemcomo causa a degradação e contaminação dos recursos naturais, hídricos e solos. No entantoessas empresas vendem uma imagem de desenvolvimento
no campoocultando a problemática causada com o intuito de sugar do estado recursos públicos de investimentos para conseguir exportar a celulose derivada de seus extensos plantios de eucalipto.
Em contraposição a essa dominação as mulheres camponesas levantam a bandeira em defesa da agrobiodiversidade e da reforma agrária, reivindicando do estado investimentos na pequena agricultura e na produção de alimentos saudáveis necessários para o desenvolvimento
sadio da população brasileira.
Nos últimos quatro anos o MST vem travando uma intensa luta contra o monopólio da terra por parte das empresas, contabilizando até agora 22 ocupações “se as empresas não sinalizarem um processo de negociações com êxito poderá chegar até 30 ocupações até o abril vermelho, afirma
Eliane Oliveira da direção estadual do MST.