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Partida espetacular do Fluminense

Foto: PhotocameraNão fossem os deuses do futebol já terem provado que nesse esporte nada é impossível, poderia-se dizer: o Fluminense é o campeão carioca de 2012, não somente pela vitória convincente sobre o Botafogo, por 4 a 1, nesta primeira partida, mas pelo que apresentou durante todo o jogo, mais especificamente durante 70 minutos. Por outro lado, o Alvinegro se mostrou irreconhecível, a estrela solitária apagada e uma diferença gritante para o domingo passado, quando venceu o Vasco por 3 a 1, com autoridade e certa facilidade, talvez ocasionada pela atuação discreta de Fellype Gabriel, Maicosuel e também pela “falta de loucura” de Loco Abreu.

O começo de jogo animou os torcedores botafoguenses. Com bons passes e uma estrutura tática — possibilitada pela volta de Renato à titularidade, após a lesão no tornozelo — que permitia Fellype Gabriel jogar com mais liberdade no campo ofensivo, o Glorioso era mais ousado e atacava mais o Flu. Tal pressão deu certo e aos oito minutos o maestro Renato abriu o placar, aproveitando bola cruzada: 1 a 0.

E eis que vem a já tradicional parada técnica, norma do Campeonato Carioca que diz que aos 20 minutos o jogo tem que ser interrompido para que os dois times recebam instruções de seus respectivos treinadores. Era o fim de uma partida e início de outra. Depois, domínio total do Fluminense, que utilizava bem seu principal craque, Deco, e seus outros excepcionais jogadores, como Thiago Neves e Fred, importante para segurar a marcação e fazer o papel de pivô. A essa altura, o Botafogo estava recuado, sem conseguir criar jogadas, tampouco sair de seu campo de defesa. A recompensa para o time das Laranjeiras veio aos 43, num gol espetacular de seu camisa 9, de bicicleta.

Na volta para o segundo tempo, o Glorioso voltou um pouco melhor, mas a partida era aberta: um ataque lá, outro cá. Elkeson tentava, utilizando a força; Maicosuel não acertava muita coisa; Fellype Gabriel se via preso na marcação e Loco Abreu se movimentava pouco dentro da área. Para piorar, o lateral Lucas fez falta por trás de Thiago Neves, aos dez minutos, e foi expulso, pois já tinha cartão amarelo. O Flu se aproveitou bem desse detalhe, distribuindo bem seus atletas no gramado. Logo depois, provando Deco estar em tarde inspiradíssima, passou genialmente para Rafael Sóbis, que, sem dar oportunidades para o arqueiro do Bota, pôs no ângulo: era a virada.

Aos 24 minutos, vendo a situação se agravar, Oswaldo de Oliveira tirou seu atacante uruguaio e pôs Herrera: um jogador praticamente estático por outro que se movimenta mais, sobretudo pelos lados.

A estratégia tricolor era clara: defender bem — visto que, a essa altura, o Fogo deixava boa parte de seus jogadores no campo ofensivo —, deixando, no máximo, dois ou três jogadores no ataque, e aproveitar-se dos bons passadores que tem. Em outro toque espetacular, Thiago Neves deixou Sóbis livre; com calma, ele cortou Jefferson e guardou: 3 a 1. E, para fechar, Fred, de costas para os zagueiros, protegendo bem a redonda, tocou para Marcos Júnior, que entrara há pouco; jovem atacante finalizou com brilhantismo: era o quarto e derradeiro.

Pelo que se viu, é difícil o Fluminense não conquistar a taça domingo que vem. Agora, o Botafogo precisa de três gols para levar aos pênaltis e quatro para faturar o Campeonato Estadual de 2012. Façam suas apostas.


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