As eleições municipais continuam dando o que falar. Dados recentes revelam que os prefeitos eleitos receberam muitas doações ocultas, vindas dos partidos. O valor total recolhido pelos comitês financeiros e diretórios partidários chegou a R$ 157 milhões. No primeiro turno, elas responderam por 75% do dinheiro repassado aos candidatos.
O líder da lista foi Fernando Haddad, do PT, vencedor em São Paulo e que recebeu mais de R$ 38 milhões diretamente do seu partido. Em segundo vem ACM Neto, que recebeu cerca de R$ 19 milhões, seguido do prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), com R$ 18,7 milhões. O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), declarou ter arrecadado R$ 21,5 milhões. Desse total, R$ 15,3 milhões tiveram origem oculta.
De acordo com a legislação eleitoral, as doações ocultas não são ilegais. Empresas e pessoas físicas que preferem não ter seu nome vinculado a ninguém, fazem doações diretamente para a legenda, que a repassa aos candidatos. Nos balancetes que os partidos apresentam à Justiça Eleitoral, vem discriminado apenas quem foram os doadores e o quanto de recursos doaram. Mas a distribuição da verba pelas candidaturas é feita de forma independente pelos partidos, que repassam de seu caixa para as campanhas.
Veja a lista de doações ocultas recebidas pelos 10 primeiro colocados:
Fernando Haddad (PT), São Paulo – R$ 38.181.736,16
ACM Neto (DEM), Salvador – R$ 19.588.500,00
Eduardo Paes (PMDB), Rio de Janeiro – R$ 18.792,463,10
Márcio Lacerda (PSB), Belo Horizonte – R$ 15.386.270,37
Roberto Cláudio (PSB), Fortaleza R$ 12.601.800,00
Arthur Virgílio (PSDB) Manaus – R$ 7.276.000,00
José Fortunati (PDT), Porto Alegre – R$ 6.093.108,75
Paulo Garcia (PT), Goiânia R$ 3.852.500,00
Gustavo Fruet (PDT), Curitiba – R$ 3.840.361,00
João Alves (DEM), Aracaju – R$ 3.737.280,50
Com informações do R7