TEIXEIRA VERDADE

Durante a primeira audiência do processo de impugnação de transferência de título e domicílio eleitoral, sete testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas e a deputada estadual Cláudia Oliveira apresentou uma defesa escrita. Mas isso não satisfez o Ministério Público Estadual, que havia solicitado outros documentos como a cópia do histórico escolar da pré-candidata e da filha dela, documentos que podem apontar uma suposta fraude por parte da deputada. Cláudia Oliveira tem até o dia 7 próximo para apresentar os documentos ou não poderá registrar sua candidatura.

Em Setembro de 2011, o DEM, Partido Democratas e o PPL, Partido da Pátria Livre, entraram com pedido de impugnação do domicílio eleitoral de Cláudia Oliveira, por ser de conhecimento público que a deputada nunca residiu em Porto Seguro e que ela teria apenas registrado um contrato de aluguel de um imóvel na cidade com a intenção de burlar a lei eleitoral que prevê que o candidato à prefeitura deve residir, há pelo menos um ano, na cidade a que pretende governar.

DEPUTADA CLAUDIA E SEUS ADVOGADOS NA SAÍDA DO FÓRUM. Foto: Aelson

Durante audiência, uma senhora, que testemunhou saber que Cláudia Oliveira mora em Eunápolis com o marido e a filha, foi agredida e ameaçada pelo irmão da deputada, Agnelo Junior. Já o candidato a vereador, Gabriel Curcino de Lima, abordou a testemunha e ofereceu, em nome da deputada, dinheiro e uma nomeação na Prefeitura caso o testemunho fosse mudado, em favor da deputada. Agnelo Junior e Gabriel Curcino já foram denunciados à Polícia Federal por coação de testemunha em processo eleitoral.

Na saída, bastante nervosa e constrangida, Claudia Oliveira e seus quatros advogados se recusaram a conversar com a imprensa, seguindo em caravana para Eunápolis, provavelmente de volta a sua residência.(Todahoranoticias)