Está iniciado o período da Quaresma. Para católicos e anglicanos (Igreja Católica reformada), corresponde aos 40 dias que antecedem a celebração da ressurreição de Jesus. A Igreja recomenda que sejam dias de jejum e reflexão. O que não significa, necessariamente, abrir mão do consumo de carne para se comer peixe. Apesar disso, o preço e a procura por frutos do mar aumentam, consideravelmente, nesta época. “O jejum pode ser relacionado ao tempo que se assiste à televisão, a sentimentos negativos, a hábitos. O importante é tirar algo de si e se voltar para o exercício da caridade”, diz o coordenador de comunicação da Arquidiocese de Salvador, padre Manoel de Oliveira Filho. Para o seguimento de comercialização de frutos do mar, o momento é de aproveitar o crescimento da demanda. No Mercado Popular, o comerciante Manoel Santos (Peixaria Ceia de Cristo) conta que, após o Carnaval, os fornecedores já comercializam o produto reajustado, de R$ 1 a R$ 2 a mais. “Eles sabem que aumenta a procura, sobem o preço e a gente repassa para o consumidor”. A aposentada Leda Brito, 61, é católica e admite que consome mais peixe na Quaresma. “Comemos toda sexta-feira, além da quarta e da sexta-feira da Semana Santa”. Já o arquiteto Raimundo Rolemberguer diz que muda seus hábitos alimentares apenas na Semana Santa.