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Saída de Pacheco reforça debandada do DEM e enfraquece ACM Neto

Foto: Reprodução / Instagram

Cássio Moreira

A notícia de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estaria saindo do Democratas rumo ao PSD repercutiu nos últimos dias. A informação de mudança do partido foi reforçada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab (veja aqui).

Com a justificava de que vai se candidatar à presidência da República em 2022, Pacheco deixa o DEM em um de seus momentos de maior fragilidade, dando seguimento à debandada recente de grandes quadros do partido.

O primeiro nome a deixar o partido foi Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Considerado um dos principais atores políticos da atualidade, Maia saiu do Democratas atirando em ACM Neto e o chamando de inquisidor e traidor. O motivo? Neto, que havia fechado um acordo com Maia para apoiar a candidatura de Baleia Rossi para sua sucessão na Câmara, acabou liberando a bancada do Democratas para votar em Arthur Lira, que acabou sendo eleito.

Seguindo Rodrigo Maia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, seguiu para o PSD, meses após ser eleito pela terceira vez para comandar a cidade. Com a ida de Paes para o partido de Otto e Kassab, ACM Neto perdeu uma das principais conquistas do partido nas últimas eleições: o controle da segunda maior cidade do país.

Em novo conflito, ACM Neto também viu o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixar o Democratas para se filiar ao PSDB. A estratégia foi do governador João Doria, que não deve disputar a reeleição e não quer que o partido perca o comando do estado que governa há mais de 20 anos. Garcia, que deve ser alçado à condição de candidato, foi pivô do rompimento entre o ex-prefeito de Salvador e Doria.

Agora, com a saída de Pacheco, ACM Neto perde o controle total sobre os legislativo, que já chegou a ter o DEM na presidência das duas casas (Câmara e Senado/ Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre), e fragiliza a sigla para as próximas eleições, quando ele deve enfrentar a mais acirrada disputa pelo governo baiano nos últimos 30 anos, contra um Jaques Wagner turbinado por Rui e Lula. Enquanto isso, ACM Neto tenta juntar o que sobra do Democratas e emplacar o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta como candidato ao Planalto, sem conseguir decolar.


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