SER MAIS:
Segundo o grande educador brasileiro, Paulo Freire, o SER MAIS é a ontológica e histórica a vocação dos homens. Sem querer apropriar-se indevidamente deste riquíssimo conceito de Paulo Freire, pois o que ele escreve o faz dentro de perspectivas sociais bem mais amplas que a proposta aqui, pode-se afirmar que Ser, Ter e Fazer Mais está em nossa natureza. Menos que isso é sobreviver abaixo do ideal para o qual fomos projetados. Alcançar tal ideal é realização pessoal. Contudo, tende-se sempre a confundir realização pessoal com a posse de bens materiais e de poder sobre os semelhantes. Os seres humanos avaliam-se uns aos outros quase sempre baseados no quanto possuem de coisas e não em quem realmente são. Embora, segundo Freire, o Ter Mais é condição fundamental para o Ser Mais, pois, sem o Ter Mais fica quase impossível o Fazer Mais. Entretanto, precisa-se descobrir a cada dia a razão da maior felicidade que é servir ao outro com o que se tem. Para que isso aconteça é necessário empreender a incansável busca pelo Ser Mais. Esse Ser Mais pode se referir aos múltiplos aspectos socioeconômicos da vida humana. Ser Mais na família. Ser Mais em relação ao meio ambiente. Ser Mais no trabalho. Ser Mais no auto-desenvolvimento. Ser Mais solidário. Ser Mais espiritual. Assim, o homem há de Ser Mais humano nas relações de poder.
Que essa coluna possa contribuir para auxiliar na construção de melhores seres humanos em todos os aspectos socioeconômicos da comunidade, pois, definitivamente, um mundo melhor se constrói com pessoas melhores: pessoas mais autônomas, mais solidárias e mais competentes e todas as suas relações sociais.
Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
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* Roberto Almeida é pedagogo e pós-graduando em Administração de Pessoas.
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