Quem acha que as pretensões do deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) se limitam a mais um mandato na Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), está avaliando errado. Em entrevista concedida ao jornal Tribuna da Bahia, o parlamentar afirmou que está no páreo para a sucessão de Jaques Wagner em 2014, “com o apoio do governador e do povo.”
Segundo o parlamentar, a decisão foi tomada logo após a reeleição do governador, em 2010. “Quando o governador Jaques Wagner se reelegeu e não poderia ser novamente candidato a governador, a partir daquele momento eu pensei em ser candidato ao governo”, disse.
Mas, Nilo coloca condições para tal feito. “Eu só serei candidato se acontecerem três fatores: se eu tiver vontade, se eu estiver preparado e se eu tiver o apoio do governador e do povo. Vontade, eu tenho. Modéstia à parte, estou preparado para exercer o cargo máximo da Bahia. Três vezes presidente da Assembleia, seis vezes deputado estadual. Pela oitava vez consecutiva escolhido o melhor deputado da Casa pela imprensa. Fui governador interino, fui o deputado mais bem votado. Portanto, eu quero subir mais um degrau na vida: quero ser governador. Mas é óbvio que eu sei que tem fila e tem tempo”, afirmou.
O presidente da Alba também amplia seu leque de possibilidades. “Neste momento, eu estou pensando exclusivamente em me eleger presidente da Assembleia. Posteriormente eu vou lutar pela chapa majoritária. Há quatro anos o governador me convidou para ser candidato a senador. Eu não quis. Eu achava que era melhor ser presidente da Assembleia do que ser senador para o meu projeto político. Agora o que eu penso nesse momento é ser presidente. E depois, no próximo ano, quando o governador abrir a sua sucessão, aí eu vou trabalhar para participar da chapa majoritária”, pontuou.
Sobre a possibilidade de o PT lançar um nome fora da legenda, Nilo destacou as possibilidades e o papel de Wagner. “Eu acho que o governador Jaques Wagner tem sete nomes e ele vai escolher um. E todos os sete aceitarão a decisão do governador. Do PT, Rui Costa, Gabrielli [José Sérgio Gabrielli], Walter Pinheiro e Caetano [Luiz Caetano]. Dos aliados, Lídice da Mata, Marcelo Nilo e Otto Alencar. Esses sete é que, se o governador tomar uma decisão política de apoiar um deles, será candidato”, declarou.