Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende, concedeu entrevista coletiva em Brasília nesta segunda-feira (18) e afirmou que, apesar da liminar que suspende por 90 dias o corte na internet fixa por parte das operadoras, a Anatel não vai proibir as empresas de fazerem cobranças adicionais após o fim da franquia.
Segundo Rezende, a liminar informa que as operadoras terão de se adaptar para que o cliente tenha acesso ao seu perfil de uso, se está consumindo mais voz, dados ou internet e se está próximo de encerrar a franquia contratada. “[A liminar diz] Que as empresas só iniciem uma proposta de interrupção do serviço a partir do momento que cumprirem uma série de regras que possibilitem que o usuário tenha a informação do seu consumo. É importante dizer que não estamos proibindo a cobrança de serviços adicionais, mas que a empresa disponibilize para que ele saiba os dados que está consumindo e quais os serviços que mais consomem sua franquia”, falou.
Questionado sobre a hipótese de uma eventual queda no acesso à internet com a mudança nas práticas das operadoras, o presidente da Anatel negou. “A Internet é um produto essencial, o cidadão busca isso, mas precisa tem o pagamento da contraprestação disso. O que é importante é que as empresas sejam o mais transparente possível nas relações com o usuário”, disse.
Nas últimas semanas, cresceu a reação do público contra as operadoras. A Vivo, que puxou a fila da alteração no serviço, vem recebendo a rejeição dos consumidores. No vídeo de sua última campanha publicitária no YouTube, já são 258.201 cliques no botão “não gostei”, contra apenas 8.172 no “gostei”.