Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
O presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), falou na manhã desta terça-feira (24), sobre o pacote de medidas econômicas apresentado pelo seu governo. O anúncio acontece um dia depois de Temer entregar ao Congresso um pedido de autorização para que o governo registre em 2016 um rombo recorde de R$ 170,5 bilhões neste ano.“Vamos apresentar medidas inaugurais da reconstrução do país no âmbito econômico e da moralidade pública. O primeiro ponto é o da Previdência. O governo não vai reformá-la sem concordância da sociedade. Estamos nos reunindo com as centrais e, quando chegarmos à concordância de uma amplíssima maioria, aí vamos encaminhar. Estamos trabalhando nesse tema, agudamente, com especialistas e a participação das centrais sindicais e da classe política do país”, disse.
Na oportunidade, Temer falou que o Banco Nacional de Desenvolvimento vai antecipar pagamentos ao Tesouro. “O segundo tempo para recuperar a higidez [saúde] das contas públicas é o pagamento do BNDES de sua dívida junto ao Tesouro Nacional. Já há um acordo para o pagamento de R$ 40 bilhões agora, R$ 30 bilhões e mais R$ 30 bilhões a seguir. É um tema que ainda comporta alguma avaliação jurídica, para verificar se não há irregularidade e trazer aos cofres públicos R$ 100 bilhões, o que implica uma economia de R$ 7 bilhões ao ano para o Tesouro Nacional. Fechada a concepção jurídica de que não há irregularidade,estamos com isso acertado com o BNDES”, falou.
Temer disse ainda que o objetivo central é retomar o crescimento econômico. “Em primeiro lugar, reduzir o desemprego, em terceiro alçar os que ainda estão na pobreza. Vamos olhar para frente. Temos uma tarefa, uma missão que é fazer com o que o país caminhe para o crescimento, a harmonia e a pacificação social. Este governo, as pessoas se acostumaram que quem está no governo não pode voltar atrás, tem que ter compromisso com o erro. Nós somos como Juscelino Kubitschek. Não podemos ter compromisso com o equívoco. Dizem ‘o Temer está fraco, não sabe o que fazer’. Conversa! Fui secretário da Segurança e tratava com bandidos. Se houver um erro, eu consertá-lo-ei. Sei que muitos não gostam, mas falarei assim: consertá-lo-ei”, ressaltou.